Burseraceae

Protium kleinii Cuatrec.

Como citar:

Lucas Arguello Aragão; Eduardo Amorim. 2021. Protium kleinii (Burseraceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

116.120,629 Km2

AOO:

336,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020, 2020), com distribuição: no estado do Paraná — nos municípios Adrianópolis, Antonina, Bocaiúva do Sul, Campina Grande do Sul, Guaraqueçaba, Guaratuba, Morretes e Paranaguá —, no estado do Rio Grande do Sul — no município Morrinhos do Sul —, no estado de Santa Catarina — nos municípios Biguaçu, Blumenau, Bom Retiro, Botuverá, Brusque, Florianópolis, Garuva, Governador Celso Ramos, Ibirama, Ilhota, Indaial, Itajaí, Itapoá, Joinville, Luiz Alves, Navegantes, Nova Veneza, Palhoça, Paulo Lopes, Santa Rosa de Lima, Santo Amaro da Imperatriz, Sombrio, Timbé do Sul, Treviso, Tubarão e Urussanga —, e no estado de São Paulo — nos municípios Cananéia, Ibiúna, Iguape, São Miguel Arcanjo, São Paulo, São Vicente, Sete Barras, Sorocaba e Ubatuba.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2021
Avaliador: Lucas Arguello Aragão
Revisor: Eduardo Amorim
Categoria: LC
Justificativa:

Árvore de até 25 metros de altura. Popularmente conhecida como almecega-branca, arméssica, pau-terebintina (Lima et al., 2005). Endêmica do Brasil, ocorre no bioma Mata Atlântica, em Floresta Ombrófila Montana, Floresta Ombrófila Submontana e Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas, nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina (Flora do Brasil 2020, 2020). Apresenta extensão de ocorrência (EOO) de 104694km², que se distribui em 8 Parques Estaduais, dentre estes: Parque Estadual Carlos Botelho, Parque Estadual Ilha do Cardoso, Parque Estadual das Lauráceas e Parque Estadual Serra do mar; além do Parque Nacional Serra do Itajaí e da Estação Ecológica Juréia-Itatins. Aparentemente a espécie ocorre de forma regular nas unidades de conservação onde foi registrada, o que é um bom indicativo de contribuição para a perpetuidade da espécie por se tratar de unidades de proteção integral. Até o momento, não existem dados disponíveis que atestem severa fragmentação na distribuição espacial do grupo. Além disso, existe uma quantidade considerável de registros para a espécie. Diante do exposto, a espécie foi qualificada como de Menor Preocupação (LC). Recomenda-se, no entanto, mais estudos de ecologia da espécie (população, tempo de geração, subpopulações, estudos de observação histórica) que permitam promover estimativas mais robustas quanto a tendências populacionais da espécie no futuro ante a vetores antrópicos crescentes.

Possivelmente extinta? Não
Histórico:
Ano da valiação Categoria
2012 LC

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Fl. Bras. 12(1): 352, 1886. Protium kleinii distingue-se de P. heptaphyllum pela pilosidade do ovário e dos botões e pela forma dos frutos. Das demais espécies do gênero pode ser distinta pelo espessamento bastante evidente da base do pecíolo, e as lâminas foliares, quando secas, pálido-ocráceas e opacas (Lima et al., 2005). Popularmente conhecida como almecega-branca, arméssica, arméssica-branca, pau-terebintina (Lima et al., 2005).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido valor econômico da espécie.

População:

Flutuação extrema: Desconhecido

Tempo de geração:

Detalhes: range 180 /360
Justificativa:

Segundo as informações fornecidas pelo especialista, o tempo de geração estimado para esta espécie é de 15 – 30 anos (R.O. Perdiz com. pess. 2021).

Detalhes: Não existem dados populacionais.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial)
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest
Detalhes: Árvore com até 25 m de altura (Lima et al., 2005). Ocorre na Mata Atlântica, em Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas e Floresta Ombrófila Submontana
Referências:
  1. Prance, G.T., Pirani, J.R., 2020. Caryocaraceae. Flora do Brasil 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. URL http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB16719 (acesso em 08 de setembro de 2021)
  2. Lima, L.R., Pirani, J.R., 2005. BURSERACEAE, in: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Martins, S.E., Kirizawa, M., iulietti, A.M. (Eds.), Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Vol. 4. Instituto de Botânica, São Paulo.

Reprodução:

Detalhes: Coletada com flores de julho a outubro; e com frutos em dezembro e janeiro (Lima et al., 2005).
Fenologia: flowering (Jul~Oct), fruiting (Dec~Jan)
Referências:
  1. Lima, L.R., Pirani, J.R., 2005. BURSERACEAE, in: Wanderley, M.G.L., Shepherd, G.J., Melhem, T.S., Martins, S.E., Kirizawa, M., iulietti, A.M. (Eds.), Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, Vol. 4. Instituto de Botânica, São Paulo.

Ações de conservação (4):

Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional Lagoas do Sul para a conservação da flora melhorar o estado de conservação das espécies ameaçadas e dos ecossistemas das lagoas da planície costeira do sul do Brasil (ICMBio, 2018).
Referências:
  1. ICMBio - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, 2018. Portaria nº 751, de 27 de agosto de 2018. Diário Oficial da União, 29/08/2018, Edição 167, Seção 1, p. 54. URL https://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/docs-pan/pan-lagoas-do-sul/1-ciclo/pan-lagoas-do-sul-portaria-aprovacao.pdf (acesso em 23 de setembro de 2021).
Ação Situação
5.1.2 National level needed
A espécie ocorre em territórios que poderão ser contemplados por Planos de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território PAT São Paulo - 20 (SP), Território PAT Planalto Sul - 24 (SC).
Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental de Cananéia-Iguapé-Peruíbe, Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba, Área de Proteção Ambiental Estadual de Guaratuba, Área de Proteção Ambiental Serra do Mar, Área de Proteção Ambiental Serra Dona Francisca, Estação Ecológica da Ilha do Mel, Estação Ecológica Juréia-Itatins, Parque Estadual Carlos Botelho, Parque Estadual da Cantareira, Parque Estadual da Ilha do Cardoso, Parque Estadual da Ilha do Mel, Parque Estadual da Serra do Mar, Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, Parque Estadual do Jurupará, Parque Estadual Xixová-Japuí, Parque Nacional da Serra do Itajaí, Parque Nacional de Saint-Hilaire/Lange, Parque Natural Municipal da Lagoinha do Leste, Parque Natural Municipal do Maciço da Costeira, Reserva Extrativista Mandira e Reserva Particular do Patrimônio Natural Chácara Edith.
Ação Situação
5.1.3 Sub-national level on going
A espécie foi avaliada como Criticamente em Perigo (CR)[B1ab(i,ii,iii)] na lista oficial das espécies da flora ameaçadas de extinção no Estado do Rio Grande do Sul (Rio Grande do Sul, 2014).
Referências:
  1. Rio Grande do Sul, 2014. Lista de espécies da flora nativa ameaçadas de extinção no Estado do Rio Grande do Sul. Decreto nº 52.109, 01/12/2014, Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Sul, 02/12/2014, nº 233, pp. 2-12. URL http://www.al.rs.gov.br/filerepository/repLegis/arquivos/DEC%2052.109.pdf (acesso em 23 de setembro de 2021).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
3. Medicine - human and veterinary natural leaf
Contém a breína, que presenta pronunciado efeito analgésico e anti-inflamatório (Hanninen et al., 2010).
Referências:
  1. Hanninen, O.O.P., Atalay, M., Mansourian, B.P., Wojtezak, A., Mahfouz, S.M., Majewski, H., Elisabetsky, E., Etkin, N.L., Kirby, R., Downing, T.G., Gohary, M.I.E., 2010. Medical and health sciences - Vol. XIV.